31 de outubro de 2012

Senhora.


A dor que vela o sono
Não distingue pecados
Não aceita o Deus dos homens
É dela o trono, o reinado.

Crava cercas na pele
Isola do sujeito o corpo
Sem terreno
Sucumbe o eu edificado

O eu alienado corre ao lado do outro
O eu abdicado
Em favor de sua posse comum
A dor

O eu assinalado
Posseiro demente
Vaga zonzo e sua senhora
Por quiméricas paragens de si.

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