30 de outubro de 2011

Tecnobrega

As fendas talhadas na testa
os sulcos, entranhas de luz
padecem enfadados
estéreis e estranhos a mim

Revivo sorrisos
e à sobrevida há solidão
não mastigo passos
digiro os ritos
regurgito a voz

De microimagens,
piscadela

arquivo móvel, cada irmão
pão da memória, tapete em pedra

abalos místicos de procissão.

Que adorno de vida inteira
é deixar passar a roupa
a moça
a pele
a highway
amarrotando o coração.


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