15 de maio de 2013

Vibração


Vibro aos murros
Das tardes esplendorosas
De minha cidade.

Vibram cães, mães
Os maltratados
E as gravatas de seda.

Treme o asfalto
O assalto do salto alto
Um buraco no mundo do bolso sem fim

Vibra em si a saudade
Alarde do corpo perdido entre pontos planos

Do louco grito solto
a vontade
De que morramos de tanto ser.


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